E começa a I Semana de Africanidades da UEG em Campos Belos
O evento era esperado por centenas de estudantes e interessados em discutir, em primeiro plano, a questão das desigualdades raciais, e transversalmente, todos os tipos de injustiças que ainda permeiam a sociedade.
Aberto para o público oficialmente neste dia 20 de novembro, a I Semana de Africanidades da UEG “tem o objetivo principal de explicitar nossas africanidades na consolidação e na afirmação de nossos compromissos com a educação e a cultura no território Kalunga, com a identidade, a participação e colaboração com a mais nova comunidade do cenário reconhecidamente quilombola, que é a comunidade Brejão e ao trazer para a luz da academia nosso rosto quilombola”, explica Adelino Machado, diretor do Câmpus de Campos Belos durante o evento de abertura.
Para Adelino, celebrar o Dia Nacional da Consciência Negra é também um espaço de discussão da civilização brasileira. "Na data de hoje faz exatamente 323 anos que Zumbi do Palmares foia abatido pelo Exército Brasileiro. Morria ali milhares de sonhos de liberdade, para aumentar as dores e os sofrimentos do povo negro de nosso país", destaca.
Aproveitando a simbologia do evento, Adelino apresentou os dados de uma pesquisa feita internamente com os alunos da UEG para traçar o perfil do estudante do Câmpus. Segundo apresentou os dados especificamente sobre a cor da pela, 37,44% dos alunos que estudam na UEG em Campos Belos se declaram pretos, 10,21% se declaram brancos. Os pardos são 49,78%, sendo ainda 2,12% auto-declarados amarelos. Quanto à etnia, 68,51% se declaram negros, 20,42% se declaram brancos e 6,8% se declaram indígenas. Os dados mostraram, segundo o diretor da UEG, que o rosto da Universidade é “quilombola”.
Ao saudar em nome do reitor da UEG, professor Haroldo Reimer, e agradecer a todos os servidores e professores da UEG que, nas palavras de Adelino, “não mediram esforços para a realização deste evento”, Adelino convoca toda a comunidade acadêmica a refletir sobre uma nova forma de pensar a sociedade, cuja valor seja dado pela integridade do agir diário de cada um, e não haja distinção por cor de pele. “Abrir as cortinas da Semana de Africanidades é dar passos adiante ao encontro das nossas origens, guardadas em nossas histórias”, declara.
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